Idoso é 86 anos é a primeira morte por Chikungunya de Ipatinga em 2025

O Vale do Aço registrou a primeira morte por Chikungunya em 2025. A vítima, um idoso de 86 anos, residia no bairro Bethânia, em Ipatinga. Conforme informações da Secretaria Municipal de Saúde, os primeiros sintomas surgiram no dia 29 de janeiro e, seis dias depois, no dia 4 de fevereiro, ele veio a óbito. O caso acende um alerta na região para a necessidade de intensificação das ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

Este é o segundo falecimento causado pela Chikungunya em Minas Gerais neste ano, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). O primeiro óbito ocorreu em Arceburgo, no Sul do estado, e vitimou uma idosa de 85 anos que possuía histórico de diabetes e hipertensão. A confirmação da morte foi feita no início de fevereiro, reforçando a preocupação com o avanço da doença no estado.

Segundo dados atualizados do painel de monitoramento da SES-MG, até esta terça-feira (11), Minas Gerais já contabiliza 3.650 casos confirmados de Chikungunya. O número representa um aumento significativo em comparação ao mesmo período do ano passado, o que acende um sinal de alerta para os órgãos de saúde. Em nível nacional, o Ministério da Saúde divulgou que há 23.121 casos da arbovirose confirmados e um total de 27 mortes até o momento. O crescimento da incidência da doença reforça a necessidade de intensificação das medidas de prevenção e conscientização da população.

A Prefeitura de Ipatinga, por meio de nota oficial, informou que realiza ações diárias no combate ao mosquito Aedes aegypti e tem reforçado atividades de fiscalização e prevenção, inclusive nos fins de semana. Agentes de endemias têm percorrido os bairros para identificar possíveis focos do mosquito e orientar a população sobre os cuidados necessários para evitar a proliferação do vetor da Chikungunya.

Além das ações da prefeitura, campanhas educativas têm sido promovidas em escolas e unidades de saúde para conscientizar os moradores sobre a importância da eliminação de criadouros do mosquito. O órgão municipal ainda alertou para a relevância da participação ativa da população no controle da proliferação do Aedes aegypti. Medidas simples, como eliminar água parada em recipientes, tampar caixas d’água e manter quintais limpos, são essenciais para reduzir os riscos de transmissão da Chikungunya e outras doenças, como a dengue e o Zika vírus.

A Chikungunya é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado. Os principais sintomas incluem febre alta, dores intensas nas articulações, fadiga, náusea e erupções cutâneas. Em alguns casos, os sintomas podem se prolongar por meses, causando impactos significativos na qualidade de vida do paciente. Pessoas idosas e com comorbidades, como diabetes e hipertensão, apresentam maior risco de complicações e podem evoluir para quadros mais graves da doença, o que pode levar à morte.

Especialistas da área da saúde alertam para a necessidade de buscar atendimento médico ao surgirem os primeiros sintomas da doença. O diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado são fundamentais para reduzir os riscos de agravamento e garantir uma recuperação mais rápida. Apesar de não existir um tratamento específico para a Chikungunya, os médicos recomendam repouso, hidratação constante e uso de medicamentos para alívio dos sintomas, sempre sob orientação profissional.

Diante do aumento dos casos da doença, autoridades estaduais e municipais têm reforçado as estratégias de combate ao Aedes aegypti. Além da intensificação das visitas domiciliares feitas por agentes de saúde, mutirões de limpeza estão sendo realizados em diversas cidades para eliminar possíveis criadouros do mosquito. A população também está sendo incentivada a denunciar locais com acúmulo de água parada para que providências sejam tomadas rapidamente.

A Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais recomenda que, em caso de sintomas suspeitos, os pacientes evitem a automedicação e procurem uma unidade de saúde para avaliação médica. Além disso, é importante que os casos suspeitos sejam notificados às autoridades sanitárias para que seja feito um acompanhamento epidemiológico adequado e sejam implementadas ações preventivas na região afetada.

Diante do cenário atual, os especialistas reforçam que a colaboração de toda a sociedade é essencial para o controle da Chikungunya e outras arboviroses. Pequenas ações diárias podem fazer a diferença na redução da proliferação do mosquito e na prevenção de novos casos da doença. Governos, profissionais da saúde e a população devem atuar juntos para minimizar os impactos da doença e evitar novos óbitos.

A Prefeitura de Ipatinga reforçou o pedido para que os moradores fiquem atentos e sigam todas as recomendações das autoridades sanitárias. A administração municipal informou que continuará monitorando a situação e adotando medidas necessárias para conter a disseminação da doença no município. Além disso, a população pode colaborar com as ações preventivas mantendo os ambientes limpos, permitindo o acesso dos agentes de endemias às residências e denunciando possíveis focos do mosquito.

O registro da primeira morte por Chikungunya no Vale do Aço em 2025 reforça a necessidade de um esforço coletivo para conter o avanço da doença. Com a chegada do período chuvoso, as condições para a proliferação do Aedes aegypti se tornam ainda mais favoráveis, o que exige redobrar os cuidados e intensificar as ações de prevenção. O combate à Chikungunya deve ser uma prioridade para toda a sociedade, evitando que mais pessoas sejam afetadas por essa enfermidade.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *