Caso suspeito da ‘doença da vaca louca’ é registrado em Caratinga

 


Amostras do paciente foram colhidas e encaminhadas para Fundação Ezequiel Dias em Belo Horizonte. No RJ, 6 pessoas que receberam órgãos transplantados contraíram HIV; laboratório tinha emitido atestados de segurança dos órgãos
Jornal Nacional/ Reprodução
Um caso suspeito da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecida como “doença da vaca louca”, foi registrado em Caratinga. O paciente, de 78 anos, está internado no Casu Hospital Irmã Denise.
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A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) de Minas Gerais, por meio da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Coronel Fabriciano, confirmou a suspeita. Amostras do paciente foram colhidas e encaminhadas para a Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte.
A SES-MG informou ainda que não há nenhuma confirmação de caso da doença da vaca louca no estado.
Na tarde dessa segunda, a pasta informou por meio de nota que existe a suspeita de que o caso se trate da Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), na forma esporádica, que está associada a doença da vaca louca.
Segue a nota dizendo que na maioria dos casos de DCJ acontece pela forma esporádica (85%). Afeta geralmente pessoas entre 55 a 70 anos (média de 65 anos) e é discretamente mais prevalente em mulheres. O caso do município de Caratinga trata-se de paciente idoso, de 78 anos, do sexo masculino, com alterações neurológicas.
A identificação da proteína 14-3-3 no líquor tem um alto grau de especificidade e sensibilidade para o diagnóstico das formas de DCJ. No entanto, a confirmação definitiva só é possível por meio de exame neuropatológico de fragmentos do cérebro, em caso de óbito.
A variante da Doença de Creutzfeldt–Jakob (vDCJ) é que está associada ao consumo de carne e subprodutos de bovinos contaminados com Encefalite Espongiforme Bovina [conhecida como Doença da Vaca Louca]. Essa doença acomete predominantemente pessoas jovens, abaixo dos 30 anos, o que não é o caso do paciente em questão.
A SES-MG permanece acompanhando o caso, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs Minas) e da Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano.
O que é a doença da vaca louca
A secretaria informou ainda que os profissionais estão vigilantes quanto à ocorrência de qualquer evento inusitado ou não, estão buscando realizar diagnóstico diferencial e oferecer um atendimento de qualidade ao paciente.
Sintomas da doença
O paciente que contrai a doença pode apresentar sintomas como agitação motora, irritabilidade, alucinações, perda de interesse, esquecimento, psicose, ansiedade, depressão, enfraquecimento ou perda de sentidos e sensação de dormência ou formigamento no corpo.
A doença é transmitida pelo consumo de carne contaminada.
Doença
A Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecida como “doença da vaca louca”, é uma enfermidade degenerativa crônica que afeta o sistema nervoso central dos bovinos, sendo que na sua forma clássica é transmissível aos seres humanos por meio da ingestão da carne do animal acometido.
Trata-se de uma doença fatal que não possui tratamento e nem diagnóstico no animal vivo, podendo ser confirmada somente após a morte por meio da análise do material encefálico.
Casos no país
Em 20 anos de monitoramento da doença, desde os anos 2000, o país nunca identificou a forma mais tradicional, que é quando o animal é contaminado por meio da alimentação. É o que afirma a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), estatal vinculada ao Ministério da Agricultura.
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